quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

O SIM de Sintra II


IVG - um direito de cidadania


Considero que a Interrupção Voluntária da Gravidez é um direito de cidadania da mulher num Estado democrático. A mulher não pode ser forçada à maternidade numa democracia. Uma mulher que não deseja ser mãe, será boa mãe se for obrigada a ter o seu filho? Uma mulher que não quer ser mãe não tem legitimidade para decidir não o ser, mas tem que encontrar condições interiores para criar a criança que não deseja?

A maternidade é um privilégio, um tempo e um espaço maravilhosos para as mulheres que os vivem por opção, não por obrigação. Não tem que ser, nem pode ser, uma fatalidade da condição de ser mulher. Tem de ser um desejo, uma vontade firme, para que a maternidade seja responsável. Só assim a mulher, como o homem, pode viver uma sexualidade plena, livre de preconceitos e de tabus. Por outro lado, por uma questão de saúde pública das mulheres que recorrem ao aborto clandestino e por razões sociais, defendo o sim no referendo de 11 de Fevereiro.
(...)

Céu Ribeiro, professora e dirigente associativa,
Subscritora do Manifesto "Em Sintra é SIM"
no Alvor de Sintra (clique para versão inegral)